Quiet Quitting: O inimigo silencioso que está freando o crescimento da sua empresa


por Emir Pinho em Artigos / Principal / 10 de março de 2025

Nos últimos anos, um fenômeno tem chamado a atenção de líderes e gestores: o “quiet quitting” ou “demissão silenciosa”. Trata-se de uma resposta sutil ao esgotamento profissional e à falta de engajamento, onde o colaborador não abandona o cargo oficialmente, mas deixa de se dedicar além do mínimo necessário. Esse comportamento pode estar drenando os resultados da sua empresa, limitando o crescimento e impedindo o desenvolvimento de bons profissionais.

Através de dados, pesquisas e insights estratégicos, vamos explorar como esse problema afeta diretamente a segurança privada, um setor que exige comprometimento e proatividade, e como combatê-lo com liderança eficaz e boas práticas de gestão.

O Que É Quiet Quitting e Como Ele Surgiu?

O conceito de “Quiet Quitting” ganhou notoriedade a partir de 2021, em meio às mudanças no ambiente corporativo provocadas pela pandemia. Pesquisas indicam que cerca de 50% dos trabalhadores globais estão em estado de “quiet quitting” (Gallup, 2023). Esses profissionais não se esforçam além do básico e, muitas vezes, estão desmotivados devido a fatores como falta de reconhecimento, baixa perspectiva de crescimento e liderança ineficaz.

No Brasil, um estudo da McKinsey (2023) mostrou que 41% dos funcionários sentem-se emocionalmente distantes do trabalho, aumentando os riscos de queda de produtividade e turnover silencioso.

O Impacto no Setor de Segurança Privada

O “quiet quitting” em uma empresa de segurança privada pode ter consequências graves:

  • Redução da eficácia operacional: Profissionais que cumprem apenas o básico podem comprometer a segurança do cliente.
  • Aumento da rotatividade: Colaboradores desmotivados tendem a buscar outras oportunidades, elevando custos de seleção e treinamento.
  • Queda na satisfação do cliente: Empresas que oferecem serviços de alto risco precisam de equipes proativas e engajadas.

Como Diagnosticar o “Quiet Quitting” na Sua Empresa?

Nem sempre é fácil identificar esse problema, pois ele se manifesta de maneira sutil. Alguns sinais incluem:

  • Diminuição do engajamento em reuniões e treinamentos.
  • Resistência a desafios e mudanças.
  • Ausência de sugestões ou iniciativas.
  • Queda na qualidade da entrega.

Um levantamento da Gallup (2023) indicou que empresas que implementam avaliações contínuas de desempenho conseguem identificar padrões de “quiet quitting” 30% mais rápido do que aquelas que não possuem um método estruturado.

Estratégias para reverter o Quiet Quitting

1. Reforce a cultura de reconhecimento

Estudos do Workhuman Research Institute (2022) mostram que empresas com culturas de reconhecimento sólidas têm 3 vezes menos “quiet quitting”. Pequenos gestos, como elogios públicos e incentivos financeiros, podem aumentar o engajamento.

2. Desenvolva uma liderança inspiradora

Líderes têm papel fundamental na prevenção do “quiet quitting”. Segundo a Harvard Business Review (2023), equipes lideradas por gestores empáticos e participativos apresentam 25% mais engajamento. Capacitar gestores em inteligência emocional e comunicação eficaz é essencial.

3. Crie planos de crescimento profissional

Profissionais que enxergam possibilidades de crescimento são mais propensos a se dedicar. Oferecer treinamentos e progressão na carreira é uma estratégia eficiente. Um estudo da LinkedIn Learning (2023) mostrou que 74% dos colaboradores que enxergam oportunidades de aprendizado sentem-se mais engajados.

4. Fomente um ambiente de trabalho saudável

Problemas como carga horária excessiva e pressão extrema impulsionam o “quiet quitting”. Empresas que promovem equilíbrio entre vida pessoal e profissional têm retenção 35% maior (MIT Sloan, 2022).


Enfim…

O “quiet quitting” é um desafio silencioso, mas suas consequências são reais e impactantes, especialmente no setor de segurança privada. Como CEOs e líderes, precisamos transformar nossas empresas em espaços onde os profissionais queiram crescer e contribuir.

Investir em reconhecimento, liderança, desenvolvimento profissional e qualidade de vida é a chave para combater esse fenômeno e garantir um time motivado e produtivo. Seu negócio só prospera quando as pessoas que o constroem prosperam também. Está pronto para essa mudança?


Portanto se você já identificou a prática em sua empresa, já passou da hora de trabalhar o assunto para evitar perdas e decréscimo na produtividade.

Mas, se ainda não teve seu ambiente corporativo contaminado por essa onda, aqui vão três estratégias poderosas e matadoras para evitar que o “Quiet Quitting” seja instalado nas empresas de segurança privada:

1. Criação de um Programa de Valorização e Incentivos por Desempenho

A segurança privada exige comprometimento total dos colaboradores. Para manter o envolvimento, implemente um programa de reconhecimento e incentivo baseado em metas claras e alcançadas. Algumas ações incluem:

  • Bônus por desempenho: Premiações financeiras ou benefícios extras para os profissionais que se destacam.
  • Destaque do mês: Reconhecimento público aos colaboradores mais dedicados.
  • Plano de carreira estruturado: Oferecer crescimento real para manter os funcionários motivados.

🔍 Dado relevante: 79% dos trabalhadores dizem que se sentiriam mais valorizados se recebessem reconhecimento frequente (Gallup, 2023).


2. Gestão Ativa e Líderes de Campo muito bem treinados

Os líderes, coordenadores, fiscais e supervisores são os elos entre a empresa e os agentes de execução dos serviços – internos e externos – e também os clientes diretos e indiretos. Se a gestão for distante e burocrática, os funcionários se sentirão desmotivados e sem propósito. Para evitar isso, implemente:

  • Liderança presente: Os supervisores devem visitar os postos regularmente e acompanhar o trabalho da equipe de perto.
  • Feedbacks constantes: Realizar reuniões rápidas (presenciais ou online) para alinhar expectativas, ouvir sugestões e reforçar o propósito da função.
  • Treinamento em inteligência emocional: Gestores capacitados para lidar com problemas humanos controlam conflitos e melhoram o ambiente organizacional.

🔍 Dado relevante: Empresas que treinam seus líderes para um estilo de gestão humanizada reduzem o faturamento em até 40% (Harvard Business Review, 2023).


3. Desenvolvimento de uma Cultura de Propósito e Pertencimento

Os profissionais de segurança precisam sentir que fazem parte de algo maior. Criar um ambiente onde o trabalho deles seja valorizado fortalece o senso de pertencimento e reduz o risco de desistir silenciosamente. Algumas estratégias incluem:

  • Compartilhe a missão da empresa: Explique como o trabalho de cada colaborador impacta diretamente a segurança de clientes e comunidades.
  • Eventos de integração: Crie encontros periódicos para fortalecer o espírito de equipe.
  • Benefícios ao bem-estar: Apoio psicológico, planos de saúde e flexibilidade de escalas mostram que uma empresa se preocupa com seus funcionários.

🔍 Dado relevante: 70% dos profissionais que sentem que seu trabalho tem o propósito de demonstrar maior engajamento e liderança à empresa (McKinsey, 2023).


🔹Dessa forma, podemos concluir que:

Empresas de segurança privada que investem em reconhecimento, engajamento, capacitação, treinamentos, incentivos de ensino, liderança ativa e com propósito de construir equipes mais engajadas e comprometidas saem na frente e com mais potencial para manter o melhor capital humano e cultural, podendo oferecer maior qualidade aos clientes e usuários e obter maiores rentabilidades em suas operações, por conseguinte, maior lucro!

A pergunta é: sua empresa está preparada para evitar o “quiet quitting” antes que ele afete os resultados? 🚀

Se você quiser conversar sobre esse ou mais temas relevantes que estão presentes no cotidiano das empresas de segurança privada, de vigilância, de monitoramento, de rastreamento e gestão de frotas, de portaria remota e terceirização de serviços, me chame aqui no LinkedIn ou pelo e-mail emir@emir.com.br, ou ainda pelo WhatsApp 51 99967 3306.



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