Brasil está entre os países em que mais se desenvolve vírus para o roubo de informações digitais
“Infelizemente, o Brasil é o país do trojan bancário”, fala Fábio Assolini, analista de malware da Kaspersky Lab no Brasil. Em lançamento da nova linha de produtos da empresa nesta terça-feira (24), Fábio deu um panorama da situação dos vírus no país. 95% dos vírus nacionais são feitos para roubar dados bancários, enquanto que os outros 5% dão suporte ao resto, ajudando na disseminação desses arquivos infectados.
“Os cibercriminosos produzem em grande quantidade no Brasil, mas fazem isso na base do famoso ‘Ctrl + C, Ctrl + V’”, conta o analista. Essa característica faz com que os vírus sejam parecidos ou, quando não, semelhantes. O lado bom é que isso facilita a aplicação da vacina e a retirada do problema no computador.
Estatísticas da Kaspersky no Brasil mostram que 13% das máquinas monitoradas pela empresa estavam, até o presente dia de agosto, infectadas com trojans bancários. O País, segundo dados da companhia, foi a 15º nação mais atacada no segundo quadrimestre deste ano, com 1,77% dos ataques globais. China,Rússia, Índia e Estados Unidos são os primeiros colocados com porcentagem, respectivamente, de 18,05%, 13,08%, 8,52% e 5,25%.
A empresa analisa 30 mil arquivos suspeitos por dia em todo o mundo e gera 3,5 mil assinaturas, ou seja, atualizações da lista de soluções. O Brasil corresponde a 3% a 8% do total, dependendo a época do ano.
“Há um aumento da disseminação dos vírus em dezembro, que é quando as pessoas realizam maiscompras e pagamentos por causa do Natal”, diz Fábio.O e-mail e as redes sociais são as maiores formas de disseminação do vírus no país. Há muitos que ainda caem na pegadinha do “olhe as fotos da nossa festa” ou “pegamos sua mulher com outro; veja fotos”.
Dos sistemas operacionais infectados, o líder é o Windows XP com 57%. O novo Windows 7 já representa 32%, equanto que o fracassado Vista fica com 12%. Para o analista, parte do problema ocorre porque a Microsoft parou de dar o suporte ao XP, logo não há atualizações dos softwares e as falhas das portas de segurança continuam abertas.
“Não estamos falando mais de um estudante de tecnologia capa de destruir uma máquina. Estamos falando de criminosos, de uma verdadeira máfia digital”, acredita Cláudio Martinelli, gerente de vendas da Kaspersky.
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