Entrevista: T., seguida por ladrões e assaltada na garagem do seu prédio
PORTO ALEGRE
“Ainda bem que eu não estava com minha filha”
T. – Não. Saí do supermercado Zaffari da Avenida Cristóvão Colombo, subi a Rua Doutor Vale e entrei no meu prédio, na Hilário Ribeiro, sem notar nada. E costumo ser cuidadosa. Só quando abri o portão da garagem é que percebi o Gol entrando atrás, com minha Parati. Até pensei: “que vizinho mal-educado, será que não percebe que estou estacionando?” Mal entrei, e eles entraram junto. Dois desceram e colocaram revólveres contra o vidro do meu lado. O terceiro ficou no Gol preto.
ZH – O que passou pela sua cabeça?
T. – Um horror. Ainda bem que eu não estava com minha filha, de dois anos. Entreguei a Parati, e eles arrancaram, levando uma bolsa com carteira de motorista e celular. Mas o porteiro percebeu que tinha algo errado, que o Gol não era do prédio, e tentou fechar a saída da garagem. Os bandidos saíram esgarçando o portão. Meu carro ficou todo arrebentado. Os ladrões até abandonaram o Gol, na pressa. Quando terminou o assalto, um celular que os criminosos deixaram tocou. Era uma mulher, dona de um Golf que eles roubaram, tentando negociar o carro de volta. A Polícia Civil foi muito gentil, me mostrou fotos de diversos criminosos, mas não reconheci nenhum. E o carro sumiu. Ainda bem que tenho seguro.
ZH – A senhora acha que foi descuidada?
T. – Não. Nunca imaginei que fossem forçar a entrada com um carro na garagem do meu prédio. Sou prevenida, tanto que ando apenas com carteira de motorista na bolsa. De outros documentos, só cópias. Em uma ocasião, corri seis quadras, de salto alto, atrás de um ladrão que me furtou o celular. Mas dessa vez foi terror.
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